Somos um país livre e permaneceremos livres, mesmo no sacrifício de nossas vidas

Por J. R. Nyquist

A ELEIÇÃO DE JAIR BOLSONARO

Em 21 de outubro de 2021, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes ordenou a prisão e extradição (dos Estados Unidos) do jornalista Allan dos Santos da Terça Livre TV. Qual foi o crime de Allan? Ele sabia que a Corte era corrupta e tinha informações sobre crimes cometidos por dois dos juízes da Corte. Determinados a sobreviver no lugar, esses juízes criaram um novo conjunto de interpretações relacionadas à Constituição Brasileira. O plano deles tem sido guerrear contra algo que eles chamam de “notícias falsas”. Eles usaram seus poderes recém-adquiridos para silenciar as críticas da mídia. Mas, especialmente, eles querem silenciar Allan dos Santos.

Antes de Bolsonaro ser eleito presidente, o Brasil estava entrando no comunismo sob os auspícios do Partido dos Trabalhadores. Aqui estava um partido liderado por comunistas disfarçados de social-democratas. Aqui estava uma festa alinhada com Pequim, Moscou e Havana. Eles também se alinharam com narcotraficantes e gangues criminosas porque essa é a estratégia preferida dos comunistas na América do Sul. Os comunistas e seus companheiros de viagem usaram a corrupção para costurar governos locais, subornar burocratas e enriquecer-se também. Acontece que a Revolução Proletariada dos comunistas é na verdade uma revolução do proletariado lumpen; isto é, uma revolução das classes criminosas profissionais – dos psicopatas ambiciosos e parasitas da sociedade. Aqui está a verdadeira face do comunismo, embora poucos estejam dispostos a vê-lo. A Revolução tem sido um empreendimento criminoso desde os dias de Lenin e Stalin. Permanece assim até hoje.

O lado propaganda da estratégia revolucionária é bem simples. Todas as imperfeições da sociedade são atribuídas ao capitalismo, ao patriarcado, à direita, às crenças tradicionais, às pessoas que querem liberdade e às pessoas que querem ordem moral. O mundo não comunista imperfeito, cheio de pessoas e situações imperfeitas usuais, nunca foi Utopia. Mesmo assim, o mundo capitalista não é totalitário como o mundo comunista. O capitalismo é um paraíso quando comparado com o inferno que encontramos em Cuba, China ou Venezuela. As pessoas da esquerda às vezes expressam simpatia pela esquerda dura, prontas para acreditar nas mentiras comunistas. As pessoas à direita, que querem negociar com países comunistas, fazem o mesmo. Os comunistas são bons em jogar o jogo da democracia e o jogo do capitalismo, mas estão enganando ativamente a todos à medida que constroem uma posição política inexpugnável. Um político venezuelano me disse anos atrás: “O único caminho de volta à liberdade para a Venezuela é a guerra civil, e ninguém quer falar sobre guerra civil; então as pessoas simplesmente deixam o país e vão para Miami.”

Quando Miami estiver perdida, para onde eles irão a seguir?

Observação: A situação no Brasil não é tão diferente da que é aqui na América. O Brasil está apenas alguns passos à frente da América no caminho para o inferno socialista; ou talvez, a América esteja alguns passos à frente do Brasil. Assim como Donald Trump foi eleito para “dreinar o pântano” em 2016, Jair Bolsonaro foi eleito para drenar o pântano do Brasil em 2018. Como Trump, Bolsonaro foi presidente de seu país apenas no nome. Parte do governo federal estava pronta para obedecê-lo, é claro; mas as partes mais importantes do governo o desobedeceriam, ou o recusariam, ou o minariam. Assim, o caminho do presidente Bolsonaro não tem sido fácil. Alguns criticaram sua incapacidade de limpar a burocracia. Mas como um homem, cuja reivindicação ao poder é uma eleição, faz com que uma burocracia lhe obedeça? Por qual varinha mágica?

Houve um comício no Brasil no Dia do Exército Brasileiro, em 19 de abril passado. Apoiadores do presidente Bolsonaro marcharam para o quartel-general do Exército. Talvez a multidão estivesse esperando que o Exército Brasileiro salvasse o país da guerra civil que se aproxima. Infelizmente, a esquerda viu essa manifestação como evidência de que Bolsonaro pressionaria por uma ditadura militar. Para aqueles que não conhecem a história, em 1964 o Exército interveio para evitar uma guerra civil entre esquerda e direita no Brasil. De 1964 a 1985, uma ditadura militar governou o país. Não foi uma solução para o problema do país porque os comunistas subverteram o Brasil cultural e intelectualmente, mesmo sob o olhar atento dos militares. Sob a calma forçada de um sistema de governança artificial e inorgânico, os ovos de dragão estavam eclodindo. A esquerda revolucionária se tornou mais sofisticada em sua abordagem para tomar o poder. Com o retorno da democracia em 1985 e o chamado “fim da Guerra Fria” de 1989 a 1991, a esquerda estava pronta para assumir o país. As principais figuras se retratavam como pós-comunistas, democratas e amantes da liberdade; mas não eram.

Allan estava na marcha de 19 de abril, cobrindo-o para a Terça Livre TV. “Eu não sabia onde a marcha terminaria,” ele me disse. “Transcorremos este evento. Mas nada aconteceu. Não houve violação da lei. O presidente Bolsonaro falou no final do evento, dizendo: ‘Acabou, droga’. As pessoas ficaram animadas por ele agir de forma mais decisiva contra as usurpações da Suprema Corte; contra as decisões da Corte em favor de narcotraficantes, comunistas e políticos corruptos. A Suprema Corte então abriu uma investigação sobre o comício e seus propósitos. Antes disso, eles estavam investigando ilegalmente o que chamavam de “notícias falsas”, que alegaram ser um ativismo antidemocrático favorecendo uma ditadura de direita renovada.”

A investigação de notícias falsas da Suprema Corte foi uma reação defensiva – uma usurpação criativa – para se proteger. Para entender essa história, precisamos voltar. Em 2014, a Polícia Federal brasileira realizou uma investigação sobre suborno e outras corrupçãos, chamada “Operação Lava Jato”, que revelou uma extensa rede de lavagem de dinheiro e pagamentos. Resultou em mais de 1.000 mandados de prisão. De acordo com documentos investigativos, muitos políticos estavam implicados. A corrupção foi descoberta pela primeira vez em um lava-jato. A extensão desse esquema de lavagem de dinheiro envolveu algo entre US$ 2 e US$ 13 bilhões. Uma revista brasileira informou que um juiz do Supremo Tribunal Federal também estava envolvido no escândalo. A Justiça envolvida foi Dias Toffoli. Infelizmente, o juiz Toffoli não foi o único juiz envolvido no escândalo. Como se pode suspeitar, a corrupção reforça a corrupção. Hoje, Dias Toffoli permanece no Supremo Tribunal Federal; e ele quer Allan dos Santos na cadeia.

Revistas que inicialmente relataram a corrupção do Tribunal ficaram assustadas em silêncio. Os artigos foram removidos de circulação. No caso do canal de TV de Allan dos Santos, a Corte queria derrubar todo o canal. Como Allan dos Santos se recusou a se intimidar com as ordens ilegais da Corte e continuou apresentando fatos, o Supremo Tribunal Federal organizou uma batida policial na casa de Allan no final de maio de 2020, confiscando seus computadores, telefones e jornais particulares e, em seguida, vazando as comunicações privadas de Allan para a imprensa, incluindo conversas privadas entre Allan e suas fontes jornalísticas, bem como suas conversas com políticos. Isso, é claro, é contrário à lei. “Eles podem ser acusados de crime sob o código penal por violar a privacidade de um cidadão”, disse um advogado brasileiro consultado para este artigo.

Como isso pôde acontecer? O povo brasileiro elegeu Jair Bolsonaro como seu presidente. Como o país poderia ser transformado em uma ditadura judicial na qual jornalistas são presos por juízes por descobrirem corrupção judicial? O advogado brasileiro me disse: “Como na América, a Polícia e o Ministério Público Brasileiros podem abrir qualquer investigação que possam justificar. Eles podem precisar da permissão de um juiz para tocar em telefones e acessar informações privadas com base em causa provável; mas no Brasil há uma lei processual que permite ao Supremo Tribunal Federal iniciar investigações de bancada. Além disso, as regulamentações do Supremo Tribunal Federal foram reinterpretadas para que um incidente de obstrução à justiça possa envolver quaisquer ações em qualquer lugar de qualquer pessoa a qualquer momento. Portanto, o Supremo Tribunal Federal ampliou seus poderes para investigar qualquer pessoa por qualquer coisa. Eles estão, portanto, esvaziando o Poder Executivo de seu poder por meio de tirania judicial. Somente o Senado do Brasil pode cassar esses juízes, e o Senado que existe agora não investigará os juízes porque os juízes poderiam retaliar ao Senado investigando-os. Como todos são corruptos, nenhum agirá contra o outro.”

Este impasse mexicano trancou o sistema político brasileiro em uma espiral de morte. Mas quem morre primeiro? Em termos da crise atual, Allan dos Santos é como o proverbial canário em uma mina de carvão. Quando ele for extraditado e preso, um ataque judicial direto ao presidente Bolsonaro se seguirá. Depois que Allan deixou o Brasil, ele denunciou dois juízes do Supremo Tribunal Federal, mostrando que esses dois juízes estavam conspirando contra o presidente Bolsonaro. “Eles estavam loucos para me pegar porque queriam conhecer minhas fontes. Eles queriam saber como eu sabia o que estavam fazendo”, me disse Allan. “Eles invadiram meu negócio e não encontraram nada; em seguida, decidiram contratar uma empresa privada alemã para se envolver em vigilância privada. Eles queriam ver se havia algum equipamento de vigilância do tipo israelense tocando telefones do governo em Brasília. Eles pensaram que eu tinha que usar esse equipamento neles. Em vez disso, os alemães relataram que os norte-coreanos e chineses estavam grampeando os telefones do governo, com um terceiro sistema de vigilância pertencente a um advogado corrupto. Mas isso é interessante. Sabendo que as potências comunistas estrangeiras haviam penetrado no sistema telefônico do governo, eles não disseram nada. Eles não deram nenhum aviso, e isso em si é um crime.”

Eles têm um provérbio no Brasil: “Você atira em algo, mas bate em outra coisa.” Perguntei ao advogado brasileiro que consultei para este artigo por que ele achava que a Suprema Corte do Brasil não informou espionagem chinesa e norte-coreana bem-sucedida contra o governo brasileiro. Foi porque esses juízes pertenciam ao lado comunista? Ele disse: “É difícil provar, mas achamos que sim. Deduzimos que os chineses estão comprando todos que podem aqui no Brasil.”

Eu me pergunto. Como a América é diferente do Brasil? Hoje a prisão de Allan está ordenada. Quando esse tipo de coisa começará a acontecer na América? E se isso acontecer, para onde as pessoas correrão? E não diga Miami. Não é tão seguro quanto todos pensam.

Texto: Jeffrey Nyquist – Why the Brazilian Supreme Court Ordered the Arrest and Extradition of Allan Dos Santos?