A censura na Polônia comunista foi realizada pelo ESCRITÓRIO CENTRAL POLONÊS DE CONTROLE DE IMPRENSA, PUBLICAÇÕES E PROGRAMAS (em polonês: Główny Urząd Kontroli Prasy, Publikacji i Widowisk), uma instituição governamental voltada a reeducar as pessoas e criada em 1946 pelo GOVERNO PROVISÓRIO DE UNIDADE NACIONAL pró-soviético com a aprovação e apoio de Joseph Stalin. O órgão foi renomeado em 1981 como ESCRITÓRIO CENTRAL DE CONTROLE DE PUBLICAÇÕES E PERFORMANCES (Główny Urząd Kontroli Publikacji i Widowisk – GUKPiW). A agência foi encerrada após a queda do comunismo na Polônia, em abril de 1990.

Em 1950, o acervo da biblioteca foi sistematicamente “purificado”, sendo a maioria dos livros destruídos, alguns guardados pelo Partido ou em bibliotecas acadêmicas de restrito acesso. Uma criada uma lista de PUBLICAÇÕES PROIBIDAS e uma LISTA NEGRA de escritores durante os anos mais sombrios do stalinismo na Polônia com cerca de 1.682 itens. A lista de livros e escritores era constantemente modificada pelas autoridades comunistas da República Popular da Polônia. Alguns escritores populares foram executados. É o caso de Wacław Kostek-Biernacki, que foi condenado à morte como inimigo do estado em 1953. Ele e outros tiveram seus livros não apenas removidos das bibliotecas, mas também meticulosamente destruídos. Além da censura às publicações, O ESTADO TAMBÉM BLOQUEOU RÁDIOS ESTRANGEIRAS, como a Radio Free Europe e a Voice of America. As décadas de censura implacável alimentaram a imprensa e publicações clandestinas na Polônia (chamadas de bibuła em polonês).

Após o surgimento do movimento Solidariedade em 1980, editores independentes foram autorizados a indicar, com uma seqüência simbólica [—-], que um fragmento havia sido censurado, em vez de ocultar tais exclusões ou retirar suas publicações inteiras. Os editores exigiram o direito de deixar um espaço em branco para indicar quanto do texto foi cortado, mas até isso foi REJEITADO. No entanto, a mudança representou um revés para o GUKPiW e as intervenções foram menos comuns: um artigo com dezenas de cortes pode ter um impacto maior na mente dos leitores do que as palavras que faltam.

A lei de censura foi eliminada após a queda do regime comunista na Polônia, pelo Sejm polonês em 11 de abril de 1990 e o GUKPiW foi fechado dois meses depois.

O medo da maioria esmagadora da população, inclusive das autoridades públicas, de criticar o censor já é característica suficiente para que ele seja descrito como um tirano. Que um tirano tenha apoiadores não invalida a sua existência real. Entretanto, Hitler fez o que fez não devido à força de seus apoiadores, mas por causa da omissão dos que o repreendiam nos cantos da sala para não serem ouvidos. Quando os exilados passaram a implorar ajuda externa, ele caiu.

Não é uma perspectiva, mas a constatação de um fato.

Se não ouvir mais a minha voz ou não conseguir mais ler meus textos, lembre-se que Lula deseja criar um GUKPiW. Entretanto, o tirano [———- ——] já criou o dele.

João Paulo II iniciou o seu pontificado em 28 de outubro de 1978 dizendo:

“Non abbiate paura! (Não tenha medo!)”

O fim do medo é o fim do comunismo. A Polônia perdeu o medo, então se libertou…