Não é necessário ser um especialista em estratégia comunista ou doutor em sei lá o quê para perceber que o segundo turno já está decidido. A dificuldade de muitos da classe falante, ou seja, dos que possuem certo alcance, ao reconhecer que essas eleições foram fraudadas é a ausência de medo ou seu excesso, o que a deixa alheia à dados concretos e refém da ficção. É exatamente essa desarmonia com a realidade que os faz pensar que os culpados de tudo o que estamos assistindo são coisas abstratas: como se a direita e os anti-Petistas em geral precisassem de “união”, estratégia etc. São incapazes de dizer que mesmo sendo verossímil responder ao problema da fraude com termos genéricos e abstratos, quem atua na realidade é sempre um agente concreto: uma pessoa ou um grupo de pessoas associadas (leia-se, bando).

Toda ação que tenha um agente é uma noção auto-evidente. Não é a destruição da “educação” que rouba e mata, mas uma pessoa. A fraude ou mesmo o “fracasso” eleitoral também não é feito por uma idéia abstrata, mas por pessoas. E isso fica ainda mais evidente quando recusa-se a procurar pelo agente da ação, pois ou receia-se dizer que Bolsonaro teria errado ao moderar o discurso (tese 1), ou cala-se ao dizer quem é Alexandre de Moraes (tese 2). Como o efeito das duas afirmações é prejudicial para quem deseja obter benefícios políticos e/ou financeiros, faz-se necessário esconder as duas hipóteses e procurar qualquer outro agente, desde que ele seja abstrato e não fira a estima pública de quem fala. Foi assim que viraram réus imediatos os não-cristãos, os nordestinos e toda sorte de causas abstratas que aparecesse como plausível e favorável ao número de curtidas e visualizações.

A primeira tese poderia até ser plausível, mas assume que Moraes é honesto, justo e leal à Constituição. Logo, nem perderei tempo explicando os motivos de uma possível semelhança não resultar em uma transmissão fiel do real. Bolsonaro tem todos os limites e imperfeições de um homem como todos nós, mas seus acertos e erros não mudariam o resultado das eleições e o motivo está na resposta à segunda tese.

Que todos no Brasil estão com medo de ir presos sem ter cometido crime algum fica evidente diante das ações de Moraes, nos cafajestes inquéritos que ele conduz como faz em suas cópulas recreativas. Moraes não criou esses inquéritos, mas o homem que apareceu com a cara arrebentada por ter “escorregado no banheiro”, o eterno advogado do PT: Dias Toffoli. A escolha de retirar o advogado do PT para substituí-lo pelo advogado da Transcooper foi pensada em detalhes. Afinal, quem aceitaria tamanho desmascaramento ao ver um advogado do PT perseguindo inconstitucionalmente o Presidente Bolsonaro? Acho que nem o morno do Moro ficaria calado, embora tudo é possível quando se fala de Moro.

Voltemos à estratégia de não colocar o advogado do PT à frente dos inconstitucionais inquéritos. Moraes assume o timão e acelera em direção ao próximo porto seguro do PT: o TSE. Não basta estar solto, não bastava instigar Moraes a fazer o que deveria ser feito contra os apoiadores do presidente. Era preciso contar os votos. Com os cargos do TSE já previamente decididos, eis o motivo de Moraes estar como ator principal dos inquéritos. O seriado começou assim: graças aos muitos recursos para a dramaturgia da Corte, os capítulos da trama estavam calculados para não ter uma segunda temporada. Tudo acabaria já na CPMI com o acréscimo da cassação da chapa. Não deu certo. Os diretores dessa série permaneceram, assim como os atores, e passaram para o próximo roteiro: a fraude. Com uma condição para todos os atores: quem falar contra a fraude vai para o xilindró.

Qualquer pessoa com um QI maior do que o de um chimpanzé estaria se perguntando como é possível ir para a cadeia por ordens de um criminoso como Moraes. Bem, não se esqueça que isso é um seriado. E com muitos recursos para efeitos especiais. Sim, no mundo real, Moraes estaria na cadeia, Lula jamais teria saído dela, tampouco Dirceu. No caso do Dirceu, uma queda de avião resolveu a coisa e quem o mantinha na cadeia não poderia assinar papel algum estando na mansão dos mortos.

Sim, ainda preciso explicar a segunda tese e o motivo dela estar com dificuldades de obter um quarto na cabeça da classe falante. Pois bem, Moraes é o agente da fraude e se um dia diante de DEUS eu precisar provar isso, chamarei o Edison Lobão para falar no tribunal do Juízo Final. Lá ele não poderá mentir. Mas por que não lembrar quem é Moraes? É difícil comprovar suas ações inconstitucionais? Não. Muitos dirão que o rito dessa liturgia passa pelo senado e sem ele não se pode chamar tomada de tomada, mas de focinho de porco. Porco que dá choque, acho.

O senado foi obtido. O que falta agora? Nada mais, certo? Exato. O problema é que Bolsonaro tornou-se um entrave para muitos – todos imbecis, diga-se de passagem -, mas muitos mesmo. Bolsonaro só não é um problema para um grupo de pessoas: aqueles que não estão em qualquer posição de decisão na sociedade: não são desembargadores, não são juízes, não são donos de mídia, não são bilionários. São apenas… “povo”. E como avisou o querido Prof. Olavo de Carvalho: “Vocês acham realmente que tomando a cereja de volta o bolo inteiro virá junto?”.

Ouso fazer minhas as palavras do Prof. Olavo: “Não quero ser estraga-prazeres”, mas a agenda verde, a ocultação do Foro de São Paulo, as lives dos deputags, os números de seguidores e uns cargos aqui e acolá na POLÍTICA ELEITORAL não serão suficientes para impedir essa fraude e a próxima que ocorrerá no segundo turno. O motivo? Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno, mas não existe o REAL MEDO do comunismo em muitas pessoas que estão em posições-chave na sociedade. Uns têm muito medo e preferem abrir os olhos, outros não têm medo algum e estão confiantes. Como sei do que Moraes e Lula são capazes de fazer, a fraude é apenas o começo. Alguns podem até morrer.